Quem me dera eu tivesse invadido a publicidade, descendo do meu prédio de pijama azul e pantufas na esquina da Lima e Silva com a República, num inútil dia da semana em que centenas de pessoas estão bebendo cerveja e assistindo o espetáculo. Quem me dera realizar este pesadelo da infância e expor a minha privacidade sem pedir licença. Assim, o lado tragédia da minha vida não estaria cem vezes mais pesado do que o comédia, e eu não teria rasgado as páginas do romance. Olho para cima, e o que eu vejo é um teto preto.
*Baseado em fatos reais.
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