quinta-feira, março 27, 2008

draminha

mais difícil é sentir que é uma dificuldade só minha. como não te incomoda, não consegues te colocar no meu lugar e me ajudar. estamos juntos no amor, mas na dor, me sinto completamente sozinha. e eu sinto um vazio... que não sei se é ausência ou incompreenção. então eu tento me colocar pra fora e sempre demora pra eu saber de ti. não leva isso tão a sério, mas também não faz que não.

3 comentários:

Rob´s disse...

o jóia de pérolas voltou! \o/
ou eu que não vi???

draminhas são sempre bons na vida...
Bjoo

Psicólogo Cláudio Drews disse...

Vou viajar (na maionese) no teu post... (:
Uma série de coisas havia me feito chegar a conclusão de que não existe empatia perfeita. O que podemos representar por gestos e por palavras é informação codificada do que temos dentro de nós e que vai sofrer uma leitura, pela pessoa a quem é dirigida... As chaves de interpretação de cada pessoa são únicas e são próprias das pessoas, quando ouvimos nos apropriamos do pensamento dos outros.
Por exemplo, você diz "pássaro", imaginando consigo uma gaivota, eu ouço pássaro e me vem a imagem de um joão de barro. Você especifica, ao argumentar, gaivota, mas estava pensando em uma gaivota real, e eu em uma gaivota de desenho animado (já vi umas muito engraçadas em um desenho animado). Você especifica: "gaivota, não de desenho." mas pensando em uma gaivota voando na praia e eu penso em uma voando no porto... E podemos continuar infinitamente, pois são os limites da linguagem. Se para falar de gaivotas já ocorrem tamanhas distorções, imagina falar de sentimentos. Ou demostrar por "comportamento não-verbal". (:
Dá um certo sentido de solidão pensar assim... É como uma linguagem privada que só nós entendemos, e os demais apenas interpretam. Mas esse conceito (da maneira que foi bolado) já caiu, afinal as pessoas interagem e se entendem em grande medida. Não é um solipsismo completo...
O que mais deixa perplexo é perceber que parte do que nos faz pensar da maneira que pensamos, sentir como sentimos e agir como agimos, nos é velado para nós mesmos. Seja pela própria complexidade, seja simplesmente por não nos ser dado a conhecer.
Não há empatia completa, nem autoconhecimento completo, e aquilo que todo mundo quer, no final das contas, é ser compreendido. Até agora, quanto mais penso no assunto, me dou conta de como é grande a limitação em de fato compreender, mais do que encontro maneiras de compreender melhor...
Eu falei que ia viajar na maionese...
ehehehhehehehe!!

Laura de Marco disse...

"viagens" são sempre muito bem vindas aqui! nota-se pelos meus posts. heheh...
"...e aquilo que todo mundo quer, no final das contas, é ser compreendido."
concordo com o que tu disseste. mas também penso que às vezes falta é querer compreender o outro...